segunda-feira, 21 de junho de 2010

Não depende apenas das empresas

Em uma ótima matéria da revista Época, as empresas mostram que vem atendendo aos pedidos de seus consumidores por produtos mais ecológicos e menos agressivos, e isso sem aumentar o preço. Porém, essa preferência do consumidor não vem se refletindo nas prateleiras.

Podemos usar o exemplo da Unilever, que em 2008 lançou a versão concentrada de seu principal amaciante. Com meio litro, o produto rende tanto quanto com 2 litros do anterior. Só com essa simples mudança, a embalagem (por ser menor) economiza 58% de plástico (e consequentemente menos petróleo), seu transporte é otimizado e reduz em 67% as viagens de caminhões para chegar aos pontos de venda (menos poluição despejada no ar), além do seu processo de produção, que consome 79% a menos de água.
Com tudo isso, o produto custa 20% a menos que o tradicional, porém, ainda vende 50% a menos, segundo um levantamento feito no Walmart.

Essa matéria mostra um outro lado da questão ambiental, onde o consumidor não aproveita as mudanças que algumas empresas estão fazendo para se adequarem aos novos padrões. Conforme uma pesquisa do Instituto Akatu para o Consumo Consciente, 80% das pessoas dizem valorizar os produtos verdes. Mas só 30% delas concretizam suas intenções no ato da compra. Há uma longa distância entre propósito e ação.
 






 Óleo Liza
O que mudou: processos produtivos e embalagem
Principais resultados: economia de 26% no consumo de água, 18% no consumo de energia elétrica e 10% na quantidade de matéria-prima plástica na produção das garrafas.










 Matte Leão Orgânico
O que mudou: matéria-prima e embalagem
Principais resultados: uso de 100% de erva-mate orgânica certificada, material 100% reciclado na embalagem, redução de 90% na tinta de impressão na embalagem.









 Pinho Sol
O que mudou: processos produtivos e embalagem
Principais resultados: redução de 15% da gramatura da tampa, utilização de PET reciclado na embalagem e 45% de papelão reciclado nas caixas de transporte.








Band-Aid
O que mudou: embalagem
Principais resultados: redução de 18% de matérias-primas da embalagem, uso de 30% de matéria reciclada, reúso de 50 toneladas por ano de resíduos de papel siliconado e economia de 72 contêineres por ano para o transporte.



SABÃO EM PÓ
- Sabão em pó Ariel
Preço: cerca de R$ 4
- Sabão em pó Ariel Ecomax
Preço: cerca de R$ 4


Desenvolvido pela Procter & Gamble com exclusividade para o Walmart, o Ariel Ecomax faz menos espuma e reduz o número de enxágues necessários na máquina de lavar. O resultado é uma economia de 30% de água, além de energia. A cada 10 kg de Ariel vendidos na rede, 3,6 kg são da versão ecológica

AMACIANTE
- Amaciante Comfort
Preço: cerca de R$ 5
- Amaciante Comfort concentrado
Preço: cerca de R$ 4


O Comfort concentrado tem um quarto do tamanho do convencional e custa 20% menos. Foi um dos pioneiros. Por ser menor, economiza 79% de água, 58% de plástico na embalagem e 67% dos caminhões no transporte. A cada dez amaciantes Comfort vendidos no Walmart, quatro são concentrados

TELEFONE
- Telefone Ibratele
Preço: cerca de R$ 66
- Telefone Ibratele Ecoline
Preço: cerca de R$ 24


O Ibratele Ecoline é 100% feito com material reciclado, além de ser reciclável. Feito de carcaça de computadores velhos, tem o manual impresso na caixa para economizar papel. Apesar de ser quase três vezes mais barato que o clássico da marca, vende a mesma quantidade que o original

PAPEL HIGIÊNICO
- Papel higiênico Neve
Preço: cerca de R$ 15
- Papel higiênico Neve Naturali
Preço: cerca de R$ 12


O Neve Naturali, exclusivo do Walmart, é feito com fibras de papel reciclado obtidas a partir de aparas selecionadas, tem os rolos compactados para caber em uma embalagem menor. Para cada quatro pacotes do papel higiênico Neve convencional, é vendido um do Naturali


Veja a matéria completa:  Época

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